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Quarta-feira, 24 de Junho de 2009
Jornal "Público" - Dia 22 de Junho de 2009

PUBLICO.PT

Calor tórrido não esmorece campanha de recolha de medula óssea em Beja

Carlos Dias

Os amigos de Teresa Brissos, a jovem bejense que desde Setembro mantém um braço-de-ferro com uma leucemia aguda, voltaram mais uma vez à carga: conseguiram que uma equipa com quatro técnicos dos Hospitais Civis de Lisboa para a recolha de medula óssea se deslocasse ontem à Escola Secundária Diogo de Gouveia. 
E a cidade alentejana voltou a corresponder. A temperatura ambiente bateu ontem nos 40 graus centígrados, o que não é nada de novo numa região onde o calor, do puro, há muito colocou a capital baixo-alentejana no topo do ranking das terras mais quentes de Portugal e também nos gestos solidários nas campanhas de recolha de medula óssea.
Entre as 10h e as 18h, e num dia mais propício à fuga para fora da cidade que, nesta altura do ano, se apresenta quase deserta, as pessoas foram aparecendo vindas do concelho de Odemira, da Ribeira do Seissal, disse Hélder Joaquim, de pele bronzeada, à força, nas lides do campo. Enquanto esperava que o local da picada parasse de sangrar, foi explicando que a sua presença ali representava apenas um gesto ditado pela vontade de ajudar os outros. Mais os seus conterrâneos, o Arménio, a Dora e o Carlos Nunes, aproveitaram a viatura colocada à disposição pela Câmara de Odemira para percorrerem, sob um calor tórrido, mais de 200 km, para que um deles possa ser o afortunado dador que há-de salvar a vida de Teresa.
Também de Portel, Vidigueira, Castro Verde e Almodôvar e do Regimento de Infantaria 3 vieram mais dadores para se juntaram aos que de Beja se prontificavam para deixar o seu contributo, num domingo que não convidava às saídas para a rua. Mesmo assim, o número de dadores animou os jovens amigos de Teresa que recusaram a praia para ajudar no que fosse preciso. 
A equipa de técnicos teve alguma dificuldade em aguentar o calor mesmo no interior do edifício escolar. Tudo servia de abanico: revistas, esferovite e em último recurso o movimento das próprias mãos. Com os amigos de Teresa estavam seis professores. "Não temos muito que fazer", disse um deles. "[Mas] com a nossa presença queremos assumir o nosso gesto solidário." Alexandre Flausino e Neide, um jovem casal de brasileiros, também ali foram para ajudar "quem precisa". Quando a campanha terminou, cerca de uma centena de pessoas tinham deixado algumas gotas de solidariedade. 



 
publicado por juntospelateresa às 20:29
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Sábado, 23 de Maio de 2009
Notícia Jornal Público, 23/05/2009

Notícia na Edição do dia 23/05/2009 do Jornal Público:
 
http://jornal.publico.clix.pt/

Onda de solidariedade mobiliza Beja para ajudar jovem que sofre de leucemia
23.05.2009, Carlos Dias

Colegas de escola tentam tudo para ajudar a encontrar um dador de medula óssea que salve
a amiga que está internada. Vídeos no You Tube têm dado grande ajuda à causa


A campanha dinamizada por um grupo de jovens alunos da Escola Secundária Diogo de Gouveia, em Beja, para encontrar um dador de medula óssea compatível com a colega Teresa Brissos, de 17 anos, que sofre de leucemia linfoblástica aguda, está a impressionar a comunidade local, ao aderir em grande número para fazer testes de sangue no hospital local. Juntos pela Teresa foi o lema escolhido para ajudar a salvar a amiga que desde Setembro luta contra a doença, na campanha que iniciaram poucas semanas após o internamento da jovem. Ainda não foi encontrado um dador de medula óssea compatível, mas o número de adesões tem comovido a cidade.


A dura realidade chegou num apelo lançado pela mãe da jovem no último domingo de Páscoa e a revelação deixou consternados os amigos mais próximos. Confrontados com o factor tempo, discutiram de imediato, noites dentro a fio - o dia pertencia à escola - a forma de projectar o apelo. Em algum lugar haveria de estar um dador compatível com a amiga.


"Durante uma semana não dormimos", conta José Farinho, elemento do grupo. As reuniões em casa do amigo Gaspar Cano e da Marta Braga prolongavam-se até à ida para as aulas, perante a complacência dos pais. A todos foi incumbida a tarefa de procurar informação sobre a doença para fundamentar o seu apelo por um dador compatível. O primeiro vídeo alusivo à causa foi lançado no You Tube. Só o site da Associação Portuguesa Contra a Leucemia já recebeu quase 9000 visitas.


Quase de imediato "caíram no e-mail da campanha (

juntospelateresa@gmail.com

) mais de 70 voluntários" refere José Farinho. Seguem-se os órgãos de comunicação. Falam com os amigos e afixam nas escolas de Beja cartazes a apelar à recolha de sangue para testes de compatibilidade de medula óssea.


Elaboram seis vídeos, um deles em inglês, para caracterizar a doença e explicar como e quem pode ser dador. "Rapidamente chegámos às 12 mil visualizações na Internet" e todos os dias chegavam mensagens novas, acentua Carlos Palma, outro dos elemento do grupo. "Nem me apercebia do que estava a fazer dominado que estava pelo cansaço", confidencia Farinho. O Gaspar já arrastava os pés no percurso casa-escola.


Entretanto, os professores iam anunciando a chuva de testes para o terceiro período. Tinham de optar. "Há tempo para tudo", assume Joana Mira, enquanto a Isabel Pina diz que as notas na escola não foram preocupação. "Lembrei-me apenas da Teresa", justifica. Mas para alívio do grupo, os professores foram condescendentes com o repentino surto de sonolência que afectava alguns alunos. Todos sabiam que era difícil encontrar um dador. Mas, a esta incerteza, Teresa tinha a resposta: "Se não for para mim, é para outros que estejam nas minhas condições".


Chega o dia da Feira do Alentejo - Ovibeja, no início de Maio, o momento ideal para cativar milhares de pessoas para a causa. Adriana Mendes, que se viu na contingência de transferir o seu peixe de um pequeno aquário para nele colocar os 2500 laços alusivos à campanha, nem o primeiro-ministro poupou quando este visitou a Ovibeja. Fizeram-lhe a entrega de uma tarjeta a explicar o porquê da campanha e ofereceram-lhe um laço cor-de-laranja, que José Sócrates fez questão de colocar na lapela do casaco, e comprometeu-se a contactar o seu amigo Duarte Lima para os ajudar.


Mas nem tudo correspondeu às expectativas. "Tivemos algumas decepções", refere Adriana Mendes, apontando o escalão etário entre os 30 e os 40 anos como aquele de onde partiram "mais negas", fruto de algum desconhecimento e desconfiança.




Vídeos em:

www.youtube.com/juntospelateresa

       E-mail: juntospelateresa@gmail.com




Juntos Pela Teresa,

José Farinho


publicado por juntospelateresa às 13:29
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